A tecnologia trouxe muitas facilidades para a vida moderna, a exemplo das redes sociais e do acesso a qualquer informação quando você quiser. No entanto, ela também incentiva comparações e impõe padrões que podem potencializar os "sintomas" da síndrome do impostor.

Também conhecida como pessimismo defensivo, essa síndrome é uma desordem psicológica que, apesar de não ser categorizada como um transtorno mental, pode estar associada a vários outros males, como ansiedade, depressão e baixa autoestima. Todos esses fatores podem colocar em risco o desenvolvimento da sua carreira e, por isso, é preciso estar atento a eles.

Para ajudá-lo a identificar a síndrome do impostor e a saber como combatê-la, preparamos este artigo. Continue a leitura!

O que é a síndrome do impostor?

A síndrome do impostor se caracteriza por pensamentos de autossabotagem e, geralmente, está associada a uma baixa autoestima, como dito. Ela é muito comum em atletas e em profissionais que trabalham sob pressão, mas pode se manifestar em qualquer indivíduo, seja qual for a sua fase da vida.

É preciso estar atento aos sinais, já que a síndrome pode interferir no desenvolvimento pessoal e profissional do indivíduo, limitando as suas ações e, dessa forma, retardando o seu sucesso nas várias áreas da vida, em especial na sua carreira.

Como identificar a síndrome do impostor?

Ficar atento aos sinais é o primeiro passo para identificar a síndrome do impostor. Para ajudá-lo nisso, separamos algumas dicas abaixo. Veja!

Necessidade de se esforçar demais

Como a pessoa não tem autoconfiança e a autoestima é baixa, ela acredita que precisa se esforçar mais que qualquer outra para ser aceita ou para chegar a um resultado razoável.

Além disso, o indivíduo julga que sabe menos que os outros e, por isso, ele justifica os seus esforços com base nisso. Assim, o trabalho em excesso e o perfeccionismo são presentes no comportamento da pessoa, levando-a a um cenário de esgotamento físico e mental, além de quadros de ansiedade.

Autossabotagem

Como a pessoa não confia no seu potencial, ela acredita que, a qualquer momento, será desmascarada diante dos seus amigos. Nesse cenário, mesmo sem perceber, pode diminuir os seus esforços em determinada tarefa ou projeto, já que crê que não dará certo e, com isso, ela passa a diminuir as suas chances de ser julgada por outras pessoas.

Procrastinação

Adiar tarefas ou deixá-las sempre para a última hora também faz parte das atitudes das pessoas que sofrem da síndrome do impostor. Não raro, elas levam o dobro do tempo para executar as suas obrigações em comparação a seus colegas. Todas essas condutas são assumidas com a intenção de evitar o momento de ser analisado ou criticado pela execução dessas atividades.

Medo de se expor

Apresentar um trabalho na faculdade ou defender um projeto no dia a dia profissional é algo quase que impensável para quem sofre com a síndrome do impostor. Isso porque esses indivíduos têm um verdadeiro pavor de serem avaliados ou criticados.

Assim, eles pautam as suas escolhas — o que inclui a profissão — em opções em que serão menos expostos e, com isso, acreditam que estão evitando ser alvo de avaliações. Além disso, quando passam por algum tipo de teste, eles não acreditam em seus méritos e nas conquistas obtidas e passam a ignorar os elogios relacionados.

Comparação com os outros

Uma das características de quem sofre dessa síndrome é ser perfeccionista consigo mesmo e também pensar que é inferior ou que sabe menos que os outros. Dessa forma, essas pessoas levam as suas vidas sem méritos e, por vezes, passam a se comparar a outras, achando que nunca serão suficientemente boas como as demais, o que leva a uma grande insatisfação e também gera angústia.

Desejo de agradar a todos

Com a ânsia de se sentir aceito em seus círculos de amizade e mesmo no trabalho, a pessoa com a síndrome do impostor tenta agradar a todos. Além de se frustrar nessas tentativas, ela geralmente se submete a situações humilhantes, o que contribui para a piora do seu quadro clínico.

Como combater a síndrome do impostor?

Ao identificar que você ou alguma pessoa próxima apresenta as características da síndrome do impostor, é necessário procurar a ajuda de um terapeuta ou de um psicólogo, que são os profissionais mais capacitados para auxiliar o indivíduo diagnosticado a superar a condição.

Além disso, a adoção de alguns hábitos e atitudes pode colaborar para manter os sintomas sob controle. Veja!

Evite comparações com outras pessoas

Todas as pessoas são seres únicos e, por isso, não há motivos para se comparar. Procurar compreender essa realidade contribui para o processo de amadurecimento da personalidade, evitando frustrações.

Invista no seu autoconhecimento

Essa é uma dica de ouro. Quando as pessoas investem no seu autoconhecimento, passam a identificar os seus sentimentos e as emoções, podendo administrá-los de uma melhor forma. Além disso, elas passam a viver de maneira plena, reconhecendo o seu processo de aprendizagem em cada etapa da vida, assim como passam a perceber os seus pontos fortes e os de melhoria.

Identifique as suas preferências pessoais

Ainda no processo de autoconhecimento, você pode reconhecer o que o motiva e o que não é tolerável. Com isso, é possível fazer melhores escolhas, alinhadas com as suas preferências e também com os valores de vida.

Encontre um mentor

Fazer todo esse processo de autoconhecimento, evitar comparações e identificar as suas preferências pode ser uma tarefa difícil para executar sozinho. Por isso, contar com a ajuda de um mentor é tão importante. Ele pode ser um terapeuta, um psicólogo ou algum amigo mais experiente que você e, claro, de confiança.

Reconheça as suas conquistas

Para que você perceba o seu processo de evolução, passe a escrever em um caderno as suas conquistas. Podem ser conquistas tangíveis — como a de um emprego — ou intangíveis — como o reconhecimento de um sentimento positivo. Dessa forma, você materializa a sua evolução e, aos poucos, vai se tornando uma pessoa mais confiante.

Pratique atividades físicas

As atividades físicas liberam os chamados “hormônios da felicidade”, como a endorfina e a serotonina. Eles ajudam você a se sentir mais relaxado, afastando o estresse e a ansiedade. Sendo assim, opte por uma atividade com a qual você tenha mais afinidade — yoga e meditação podem completar o seu momento de autocuidado.

Como vimos ao longo desta leitura, identificar e tratar a síndrome do impostor é possível, sendo, inclusive, fundamental para não prejudicar a sua carreira. Seguindo as dicas que elencamos neste material, você fica mais perto de se tratar e de poder ser uma pessoa mais confiante.

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