Conforme dados levantados pela agência de classificação de risco, Austin Rating, a taxa de desemprego no nosso país provavelmente ficará entre as maiores do mundo ainda em 2022. No entanto, é importante destacar que não há somente um contexto — ou um motivo — que seja responsável pelos altos índices de profissionais que estão atualmente fora do mercado de trabalho.

Na realidade, a situação é bastante complexa e as causas do desemprego são as mais diversas, desde crises políticas e econômicas até a falta de uma mão de obra verdadeiramente capacitada. Nesse sentido, é fundamental não somente entender o que tem tornado os trabalhadores tão vulneráveis à perda do emprego, mas, principalmente, como aumentar as suas chances de se manter em atividade. Continue a leitura e informe-se!

Quais são as principais causas do desemprego atualmente?

Antes de efetivamente listar as principais razões que levam à majoração das taxas de desemprego no nosso país, é importante entender os seus principais tipos, a saber:

  • sazonal — quando ocorre em uma determinada época do ano, geralmente ocasionado pelas variações da oferta de oportunidades em períodos específicos;
  • estrutural — acontece quando, em razão da qualificação, profissionais que anteriormente integravam o quadro de pessoal de uma empresa não podem permanecer ocupando os seus cargos e, por conta disso, são desligados;
  • cíclico — ocorre em função, por exemplo, de crises políticas e/ou econômicas, pois, em circunstâncias assim, geralmente há recessão da economia e redução da produção, o que faz com que as companhias busquem diminuir os seus custos com a mão de obra e leva-as a desligarem um percentual de colaboradores;
  • friccional — acontece quando os profissionais deixam voluntariamente os seus empregos em busca de oportunidades melhores.

1. Crises econômicas

Não há dúvidas de que as crises econômicas estão entre as principais causas do desemprego. Afinal, quando a economia não vai bem, as empresas dificilmente conseguem manter as suas atividades no mesmo ritmo e remunerar os seus colaboradores sem que o orçamento sofra impactos negativos.

Com isso, é comum que as organizações demitam uma parcela dos profissionais que integram o seu quadro de pessoal ou mesmo fechem as portas frente à recessão. Via de regra, as crises são gerais ou setoriais — quando afetam mais fortemente um determinado segmento.

Além disso, elas podem ser mais concentradas em uma cidade específica ou em um estado ou, ainda, afetarem todo o país, o que é bastante comum, por exemplo, quando as crises são de âmbito internacional.

2. Crises políticas

As crises políticas também estão entre as principais causas do desemprego, já que, de maneira geral, provocam instabilidade em toda a economia. Um bom exemplo se vê quando o receio acerca das decisões políticas "breca" a injeção de dinheiro no país por parte de investidores.

3. Falta de profissionais verdadeiramente qualificados

É inegável que, ao longo do tempo, o mercado de trabalho vem se especializando, o que, por sua vez, desencadeia diversas exigências. Assim, embora alguns anos atrás, o diploma de conclusão do Ensino Médio fosse suficiente para o preenchimento das vagas e a graduação fosse vista como um diferencial, o "algo a mais", atualmente a realidade mudou.

Nos dias de hoje, para manter o emprego ou conquistar uma oportunidade nova, a qualificação se tornou indispensável. Até porque, nos períodos mais críticos, as companhias focam na manutenção de uma visão estratégica, logo, em caso de corte, os departamentos de menor qualificação são os mais impactados.

4. Necessidade de redução de custos

A diminuição nos custos é outra das principais causas do desemprego, pois representa um efeito de todas as demais razões já citadas. Em termos simples, é bastante comum que, perante situações de crise, os empregadores sintam a necessidade de reduzir os custos.

No entanto, esse não é o único cenário que leva a esse resultado, já que muitas empresas podem optar por realizar "cortes" visando o aumento da margem de lucro. Em ambos os cenários, conforme dito, os profissionais menos estratégicos são comumente os mais atingidos.

O que fazer para "driblar" essa realidade?

É necessário ressaltar que as consequências do desemprego não são exclusivamente sociais, mas também psicológicas, já que atingem diretamente a vida e a rotina do profissional. Inclusive, essa realidade vem sendo muito apontada como um dos problemas fortemente associados à saúde física e mental, pois tem o potencial de gerar baixa autoestima, frustração, insatisfação e alterações negativas no humor.

Nesta seção, listamos algumas dicas-chave que podem ajudá-lo a evitar esse cenário. Confira!

Mantenha boas relações no atual emprego

Acredite: ser bem relacionado e apostar no bom e velho networking em geral e, especialmente, na própria organização na qual você atua faz uma grande diferença. Afinal, esse é o primeiro passo para que os seus pares — e, é claro, os profissionais que ocupam posições hierarquicamente superiores — possam conhecer mais a fundo as suas habilidades.

Tenha um "plano B"

Em muitos casos, não é possível prever ou controlar os efeitos das crises. Portanto, em circunstâncias assim, o melhor a se fazer é ter um plano B para garantir uma renda alternativa (e mais tranquilidade) se for preciso enfrentar um período de desemprego. Nesse sentido, o mais recomendável é já começar a amadurecer e desenvolver essa ideia enquanto o seu salário mensal está seguro.

Desenvolva habilidades diversas

Diante da busca das empresas por profissionais mais estratégicos, é bastante interesse investir no desenvolvimento de um perfil que realmente atraia os empregadores. Nesse contexto, o grande segredo está em trabalhar as suas habilidades comportamentais, não se limitando apenas às técnicas.

Lembre-se de que, principalmente em situações de crise, as empresas costumam manter em seu quadro de pessoal os trabalhadores multifuncionais, capazes de desempenhar atribuições distintas. Por isso, para driblar essa realidade, vale a pena revisar os seus pontos fortes e avaliar no que você precisa melhorar.

Invista em qualificação

Por último — mas não menos importante —, a dica é investir na própria capacitação, o que é imprescindível para se ter uma carreira bem-sucedida. Nesse sentido, o ponto de partida, após a conclusão do Ensino Médio, com certeza é fazer uma graduação (ou, se você já tiver um curso de Nível Superior concluído, apostar em uma pós-graduação).

Nesse caso, o mais recomendável é buscar uma área com a qual você tenha afinidade e se identifique e, é claro, uma faculdade renomada. Afinal, um ensino de qualidade é o melhor caminho para a qualificação.

Como visto, embora as causas do desemprego sejam diversas e nem sempre controláveis, existem, sim, algumas iniciativas que podem ser adotadas no intuito de manter uma boa empregabilidade. Portanto, coloque-as já em prática e se torne o profissional estratégico do qual as empresas não abrem mão.

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